Adulteração de Carretas

17-12-2010 10:20

 

 

O Grupo Especial de Combate ao crime Organizado (GAECO) desmantelou uma das maiores quadrilhas de roubo e adulteração de carretas do país com a Operação Dublê. Há 13 anos a quadrilha lucrava com roubo e adulteração de chassi de pelo menos uma carreta por semana, um prejuízo que o Gaeco estima em R$ 800 milhões. Segundo os investigadores, o esquema era chefiadopor loidemar Silva Landefelt, o "Nico", dono da Transportadora Buriti, em Rondonópolis. Ele  e outras três pessoas foram presos.

Além de documentos e computadores, duas carretas "esquentadas" foram apreendidas desde março, quando começaram as investigações em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com uso de escutas telefônicas, o GAECO, conseguiu aprender mais cinco veículos na região de Nova Ubiratã. Também são investigados funcionários do Departamento de Trânsito (Detran)que teriam cooperado com o esquema. Ainda não foi identificado qualquer funcionário, mas a própria corregedoria do DETRAN/GO está auxiliando o Gaeco nas investigações.

O esquema tinha como peça fundamental  Francisco de Alcides de Farias, o “Paraíba”, prso em Itumbiara (GO). Relacionado a uma série de quadrilhas de roubos de carretas no país, como em Minas Gerais e Goiás, era ele quem providenciava veículos roubados para o Nico.

O empresário pagava pelas “encomendas” e, em fazendas arrendadas no Estado, trocava o chassi dos veículos com a ajuda de um especialista, Joaquim de Jesus Ferreira ( o “Jaques”) – Gaeco pediu  a prisão preventiva dele, mas foi negada pela Justiça. Para substituir o chassi na adulteração, Nico comprava as peças de veículos acidentados que o DETRAN registrava como “Perda Total”. Por meio de um esquema dentro do órgão, ele conseguia que estes registros antes fossem trocados por “Perda Parcial”. A adulteração dos veículos, eram feitas em várias fazendas que Nico foi arrendando ao longo dos anos no interior do estado de GO, com a alegação que iria criar gado.

Fonte: Diário de Cuiabá

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